sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A garota que deseja a morte

               A garota que deseja a morte
               

               Os dias estavam cada vez mais quentes em porto alegre,estava no ápice do calor, 30 graus era uma temperatura baixa para certos dias o que antigamente era impensável para uma cidade do sul do país,o calor estava escaldante, nuvens eram raras e o sol parecia um ditador impetuoso. Denise, aos  19 anos, era uma garota rebelde que odiava seus pais,típica rebelde adolescente, roqueira cheia de piercings e tatuagens, cabelo pintado de vermelho, ela gostava tanto disso, mas deixava seus pais irritados com aquilo, e isso era o mais importante para ele no momento. Seus dias se passavam, matava as aulas, bebendo e fumando com "Amigos", tudo parecia no mesmo marasmo de sempre, até que um dia um de seus amigos teve a "Brilhante" ideia de fazer um ritual de encruzilhada.


                
           
               Denise estava nervosa nunca tinha feito algo parecido, pegou todas as suas correntes com crucifixos, botou sua roupa de todos os dias, de cor preta, como costumava usar, e se maquiou como se fosse uma vampira, durante a madrugada saiu escondida de casa. A rua estava deserta, Denise ficou com um pouco de medo, mas logo avistou o carro do seu amigo na esquina, entrou e eles partiram para buscar os outros que também iam participar do ritual. Depois de todos se apertarem dentro do carro, sendo Denise a única mulher partiram ao local do ritual, chegando em um cruzamento da rua Protásio Alves que era bastante movimentada, mas de madrugada ficava deserta.
Um de seus amigos ( o dono do carro ) foi até seu porta malas e tirou vários objetos, diversas cruzes, pentagramas, facas, imagens de dêmonios e um livro que na capa estava escrito "Lamo Dorvil", ele pegou o livro e o deixou com Denise.Todos estavam de preto com correntes pela roupa fazendo um estilo entre góticos e punks, eram sete no total, sentaram no meio do cruzamento, a lua cheia estava iluminando eles comum clareza pouco comum, estavam em círculos apenas o dono do carro estava de pé no meio e agora fazia um tipo de oração latim.

                

              Denise notou um cheiro super forte de podre, um dos caras que estava no seu lado segurava uma sacola com alguma coisa dentro, logo, Denise viu que dentro da sacola tinha um filhote de cachorro, morto, Gilberto que estava de pé termina a oração e pega a sacola, caminha até o carro e volta com uma tigela com sete copos, dá um para cada um, tira o filhote da  sacola e espreme ele encima de cada copo, deixando um gole de sangue em cada, manda todos beberem do sangue, em seguida corta um pedaço da carne do filhote para cada um, um dos amigos vomita, mas depois consegue comer, Denise come o pedaço mesmo com nojo sem problema.
               


              Todos agora estavam de mãos dadas sentados no chão, Denise se levanta e vai até o meio da roda, instruída por Gilberto abre o livro n página 195, e começa a ler um verso " Os filhos são como os pais, os pais vão ser expurgados do ventre dos avós, nada mais restará da descendência, tudo que foi será lembrado até o fim dos tempo, os filhos do filho renegado dos portões do éden vão trazer a tão sonhada paz para aqueles que vivem o tormento da existência, espere pelo sopro".
                


           
               Assim que terminou de ler Denise se sentiu estranha, seu corpo ficou fraco, sentiu uma leve brisa no seu rosto e logo estava caída no chã sem reação, seus olhos ficam pesados até que apaga. Denise abre os olhos novamente seu corpo estava fraco, mas com esforço consegue se levantar só que escorrega e cai novamente em algum tipo de gosma, quando olha mais atentamente tinha sangue por toda a volta, mas nenhum sinal dos corpos de seus amigos, de longe caminhando bem devagar vinha uma mulher vestida de branco,seus passos pareciam não tocar no chão com um movimento com a mão fez Denise flutuar. Ela não consegui mais se mexer apenas ficava ali flutuando a mercê daquela mulher.

- Seus pais ou você ? - a mulher perguntou no seus ouvido
o cheiro de podre era insuportável
- O que ? Me solta, por favor...
-Quem deve morrer você ou seus pais ? - falou colocando a língua da orelha de Denise. - Decida agora!
- Eu odeio meus pais, pois não quero que eles morram. - diz Denise

Foi só o que precisava, a mulher de branco com suas unhas afiadas arranca a pele de Denise, ela grita de dor, só pode gritar e ver a sua pele sendo separada do seu corpo como um boi no açougue. Denise por alguma razão continuava viva mesmo sentindo uma dor insuportável para qualquer ser humano, estava ali um carne viva esperando a morte que não vinha até a mulher de branco falar novamente no seu ouvido.

- Ainda não acabou, sua alma agora é minha, vamos para um lugar bem divertido.


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